Não havia súplica, um apelo ao perdão nem uma realidade que pudesse ficar invisivel. Veleja por entre as gotas da imensidão da sua pena e da sua autocomisera. Corre por entre o seu cheiro a aragem do arrependimento e, maravilha das maravilhas, a desgraça da sua imaturidade e falso sentir!
A tal ausência ainda transforma o seu movimento, que se corrompe facilmente num olhar pálido; olhar esse que já me deixou, a muito tempo! E que se perdeu...
Pisca o tempo por entre as memórias deixadas... descobertas pelos recantos conhecidos e ,derivam neles as recordações saudosas (?!) de um diálogo terno...
A sua voz quase foi esquecida e o sentir deve ter ficado preso nas trevas avistadas da sua dor.
Lamento, mas nunca é uma palavra que não deve ser pronunciada.
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Autor(a) Nuno Cabral
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