domingo, 7 de novembro de 2010

Praia de Punta Penencia - Ferrol - A Corunha - Espanha



 Enquanto o céu chora, as nuvens dançam aos pares. 

Refresca-te.
Saboreia o veneno.
Segrega o espírito
Num clima ameno.


Autor(a) somente da fotografiaJuan Riera

sábado, 6 de novembro de 2010


Acho que já dei umas boas caminhadas para saber umas coisas. Se são necessárias, duvido, mas que são suficientes, são. 

Um novo começo. 

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Caminha sem cessar e
Ousada no cheiro
Largado em sina minha.
Uma ingenuidade de
Um fundo natural e
Aromatizado.
Cresce nela um total
Achado, amachucada
Pela luz da vela
Em noite fria e calada.
É desejada e
Sabia-o em ideia sua.
Sufoca, enfeitiça e
Prende a si elogios
Que se cospem e se
Colam e em seus
Passos caminhantes.

domingo, 27 de junho de 2010

Porque sempre fora mais fácil abrir os olhos em frente do que os abstrair para o mundo que se habita. Era o que se dizia, e já tantas vezes proferido, acabava mesmo por deixar de possuir alguma importância...começava a tornar-se uma vulgaridade que tanto erra por inúmeros meios e lugares. Procuramos, procuramos...e o que se encontra? As mesmas aspas, as mesmas vírgulas...palavras diferentes, mas com a mesma ideia, o semelhante significado esfarelado e  migalhas perante outras palavras.
Talvez nem os olhares fogem à mesma tendência...ou a pobreza é tão mundial que até os prósperos de moedas pretas os carregam?
Quem sabe...continuarei a ler as mesmas frases, as mesmas desculpas...e sempre os mesmos erros batidos por entre palavras sem nexo, vulgares e praticamente inúteis.

 Mais longe e
Tão escondido

Tal pecado
Cercado e
perdido.
Que pela bruma
Nossa, janela
Aberta,
Fugiu pelo luar
Madrugadeiro.
O pedido, tão incerto
Tão secreto
Visível num viveiro
Mas obvio:
Transparente num
Coração Encarnado.


Informações fotográficas:
Continuidade que me trespassa e
Me abraça.
Um tom simultâneo
Ausente de paragens e
Momentâneo.
Condense-me
Mantenha-me
Cole os membros
Meus em olhos
Escuros.
Perdidamente, num
Toque, certo e ardente.
Corta-se o
Rasgo de lábios,
Constantemente
E repito,
Quase que recito:
Cole os membros
Meus em olhos
Escuros.


Informações fotográficas:
Autor(a)
TERESA BASTOS

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Não admitir
E severamente evitar
Fingir e esconder
Sorrir no lugar da
Água impura.
Em frustração
Mágoa, tristeza
Não ouvidas e
Só dor.
E não a tal
Solução.

Informações fotográficas:
Autor(a) Ana Rita Vaz Cruz

domingo, 20 de junho de 2010

 Nessa bola de sangue
Que lâminas
Um olhar, penetrante
Olhar
Esfaqueou numa batida.
Cujo reflexo de tal ver
Se desviou e deixou
De me dar de beber.
Um tal som
Agunizante promesssa
Um dom que não vale
Nessa bola de sangue
Em tristeza essa.

Informações fotográficas:
Autor(a) Sérgio Salgueiro


Palavras.

Pequenos esboços e
Reais Ironias
Perdidas,
Esquecidas
Juntas e unidas.
Dedicam-se em
Inventados sentidos
E sentimentos sozinhos
Solitários.
Depende em movimentos e
São trocadas
Envolvidas,
Projectadas.
Motivam, forçam
Usadas para mal, bem
Engenhosas,
Vingativas e
Expressivas, também
Uma: desnecessária
Contraditória
Memorável
Cada uma não passa de
Uma agradável ideia imaginativa,
Intocável.

sábado, 19 de junho de 2010

Com o tempo assim a voar a olhos vistos, tenho mais a certeza que a amizade que ficou pendente numa ''mudança escolar'', não me afectou em nada e mais, não fez em mim nascer saudade nem pena nenhuma. É fantástico como os medos de perder os antigos amigos fogem assim tão de repente e como os que ficam ao se aperceberem do que se passa, nenhuma ou quase nenhuma lamentação dão ao sucedido. 
Isto tudo para dizer que quem não esta, também começa a deixar de fazer falta. Ou já não faz mesmo? ah...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Respirei o irrespirável, bebi o que era considerado veneno, gritei quando não tinha mais voz e ouvi o sussurrar do próprio silêncio. Aliás, eu não pedi nada disto para mim. Não ansiei a tua chegada nem rezei para ser feliz ao lado de quem não queria. Apenas me tentei habituar ao estranho, à indignação e sobretudo à infelicidade e à injustiça. E sabes que mais? Há uma forte possibilidade de ter mesmo valido a pena!


Informações fotográficas:
Autor(a) Helio

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Errando por uma noite...

Um segredo correu mistérios nocturnos, respirou suspiros de frio e agasalhou-se entre abraços; Ele, passava devagar no silêncio da berma da estrada em que olhava velozmente para ambos os lados.
O vento, bramindo, penetrava-se nos troncos grossos das árvores e das folhas das oliveiras velhas; ouvia-se o uivar dos cães que habitavam nas redondezas cujo som emitido, não causava incomodo nem parecia acordar ninguém que pudesse habitar naquelas casas, o que remetia  para um clima de alguma insegurança e susto; era como se aquelas habitações estivessem vazias, onde apenas os barulhos incógnitos fossem os únicos que perduravam naqueles telhados e nas janelas fechadas e outras com pequenas gretas abertas;
Ouvia-se ao longe murmúrios, músicas da festa a vinte minutos de distância...Sem curiosidade e admiração alguma, o som, lá, perdurava e aqui não, reinava o respirar aflito e controlado, o silêncio corrompido de barulhos das casas e das longas ervas por onde passavam pequenas correntes de ar secretas.
O toque era nulo e transparente, já que as mãos, essas, permaneciam apertadas nos bolsos do casaco branco.
Permanecia ali o segredo, errando por entre brisas que o levavam como uma espiga dançando ao seu sabor frio e misterioso por entre ilusões e pensamentos nocturnos.
Informações fotográficas:
Autor:
Lucy da Motta

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A minha indiferença talvez tenha contribuído para manchar o que sentes, mas se não fosse desta maneira e sim de outra forma, a tua e a minha presenças seriam insuportáveis, o que iria agravar o desconforto que já se presenciava em mim mesma.
Nunca vaguei nem murmurei nada de concreto que fosse proporcionar aquilo que dizes sentir e, após tomar essa minuciosa ideia de que tal sentimento existia em ti, qualquer palavra que pudesse prestigiar, aumentar ou criar especulações nomeadamente na tua pessoa, acabaram no próprio segundo.
Para total sinceridade me preencher, numa possui grande vontade de me importar e talvez tenha sido isso que te fez baloiçar em alguma tristeza.
Sabes, ou devias saber, que tenho um carinho superficial por ti, cuja simples amizade é distante e a tua presença esta apenas vincada a nível escolar, pois nunca houveram palavras que me fizessem conhecer-te, nem vontade em tal assunto que me fizessem mexer-me em concreto.
És uma boa pessoa e como tal, tens ainda muito pela frente.

domingo, 13 de junho de 2010

Incompreendidos, estamos sentados no cúme do nosso próprio aborrecimento e melancolia, ao mesmo tempo que murmuramos a ausência e a solidão frias, nas margens do monitor do LCD. Misteriosamente, penso em escrever algo num toque e tom diferentes, com uma melodia não tão real, mais alegre e, subtilmente, mais apelativa.Contudo, à minha memória apenas reflectem e perduram firmes tristezas e revoltas que, num curto compasso, se fomam e secam no silêncio dos meus lábios.


Informações fotográficas:
Autor: André Gaspar

sábado, 12 de junho de 2010

Sente-se a perda e
Saboreia-se o fluxo
Da tua mudança.
E muito se flui e
Desapece numa palavra,
Sem esperança.
Ruas e calçadas remetem
A mais um tom pessimista
Mas não exagerado, hiperbólico.
As fechaduras trancam
A ideia escondida e, é atado
O som
Na tua voz que cospe
O inútil.
E muito se flui e
Desparece numa palavra.
O céu silencia o escuro
Dos olhos meus de um tal puro
Tal passado
Tal esquecimento
E muito se flui e
Desaparece numa palavra.
Não é à minha dor
Teu rosto alheio
Subtilmente
Calmamente
Cruel memória
Que se avista nos teus
Tons, severamente.
Mas ninguem entende
Questões
Interrogações
Mas ninguém entende
E muito se flui e
Desaparece numa palava.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Não havia súplica, um apelo ao perdão nem uma realidade que pudesse ficar invisivel. Veleja por entre as gotas da imensidão da sua pena e da sua autocomisera. Corre por entre o seu cheiro a aragem do arrependimento e, maravilha das maravilhas, a desgraça da sua  imaturidade e falso sentir!

A tal ausência ainda transforma o seu movimento, que se corrompe facilmente num olhar pálido; olhar esse que já me deixou, a muito tempo! E que se perdeu...
Pisca o tempo por entre as memórias deixadas... descobertas pelos recantos conhecidos e ,derivam neles as recordações saudosas (?!)  de um diálogo terno...
A sua voz quase foi esquecida e o sentir deve ter ficado preso nas trevas avistadas da sua dor. 
Lamento, mas nunca é uma palavra que não deve ser pronunciada.



Informações fotográficas:
Autor(a) Nuno Cabral

 

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Lavas às pedras da calçada, o pecado dentro dos teus olhos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pó. é o que nos tornaremos. imagino o teu corpo desfeito em mil e umas partículas cobertas de fases (ina)cabadas da tua própria existência; o teu cheiro que se desterra em suspiros lacrimosos e em coincidências penetrantes ao objecto auditivo que me completa; a tua pele raspada fenomenalmente entre as paredes habitadas; as tuas sílabas anteriormente cuspidas, agora comentadas e recriadas pelo rasgo alheio; vejo agora o teu lugar para sempre marcado e a tua eterna morada nos restos do meu corpo. Pergunto onde se encontra agora a tua essência daquilo que te corria nas artérias, algo mais do que sangue, mas vida e sobretudo o cansaço de uma vida lutada e ganha. Quem relembrará o teu nome sem ser quem cresceu sob o teu olhar crítico e persuasivo? Os que mais te acompanharam igualam o teu caminho anteriormente ou brevemente. Que sei eu do que digo? Sei daquilo que sinto e daquilo que da qual a saudade se corrompe; sei do que foste por testemunhos anónimos ao teu conhecimento. Toquei no membro superior ao qual exercias responsabilidade e ocorreram-me...pena. Pena de não ter dado mais do pouco e nada daquilo que me responsabilizei após o meu nascimento a dar, fazer e cumprir. Dei pouco, mas sempre de coração aberto e agora, choro sozinha pela tua falta.  Vejo o teu ermo terrestre e a face molha-se, tal como a tua voz, molhada, quente, suave, eterna.
Porque? de um aroma a algo de intelectual e a substâncias de dúvida e curiosidade o questiono. não serei mais uma que o dirige, a ti. Não colecciono páginas soletradas de questões mas, confesso que muito do que sei não está totalmente esclarecido e que permanece a sombra do conhecimento que não passa disso- sombras icógnitas. Sinto a alma da fraqueza a pulsar num tilintar nervoso quando não te respondo e as sílabas irão elevar, ou não, a minha final aposentação.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Reviravolta plena. vieram mudanças que deviam ser feitas num prólogo. Não numa questão meramente sintáctica ou de característica biográfica, mas numa questão de me apresentar agora com uma nova face, blogue.
Apaziguar. Apaziguar o que não possui característica alguma de atenuar, mas possui forma de se falar e ser falado, ser escrito e ser lido e, antecedente ao já referido, poder ser sentido em comunhão com o leitor.
Falo e escreverei em parcelas com letras com a finalidade ou objectivo de me cativar a manter algo que abro com um novo sentido e com novo olhar crítico, objectivo e abstracto.
Não tenho como unaminidade marcar uma diferenciação mas sim como método de elevar formas de respirar e de compreender o que por mim é feito.

Prazer, Catarina Lima.