sábado, 12 de junho de 2010

Sente-se a perda e
Saboreia-se o fluxo
Da tua mudança.
E muito se flui e
Desapece numa palavra,
Sem esperança.
Ruas e calçadas remetem
A mais um tom pessimista
Mas não exagerado, hiperbólico.
As fechaduras trancam
A ideia escondida e, é atado
O som
Na tua voz que cospe
O inútil.
E muito se flui e
Desparece numa palavra.
O céu silencia o escuro
Dos olhos meus de um tal puro
Tal passado
Tal esquecimento
E muito se flui e
Desaparece numa palavra.
Não é à minha dor
Teu rosto alheio
Subtilmente
Calmamente
Cruel memória
Que se avista nos teus
Tons, severamente.
Mas ninguem entende
Questões
Interrogações
Mas ninguém entende
E muito se flui e
Desaparece numa palava.

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