quinta-feira, 17 de junho de 2010

Errando por uma noite...

Um segredo correu mistérios nocturnos, respirou suspiros de frio e agasalhou-se entre abraços; Ele, passava devagar no silêncio da berma da estrada em que olhava velozmente para ambos os lados.
O vento, bramindo, penetrava-se nos troncos grossos das árvores e das folhas das oliveiras velhas; ouvia-se o uivar dos cães que habitavam nas redondezas cujo som emitido, não causava incomodo nem parecia acordar ninguém que pudesse habitar naquelas casas, o que remetia  para um clima de alguma insegurança e susto; era como se aquelas habitações estivessem vazias, onde apenas os barulhos incógnitos fossem os únicos que perduravam naqueles telhados e nas janelas fechadas e outras com pequenas gretas abertas;
Ouvia-se ao longe murmúrios, músicas da festa a vinte minutos de distância...Sem curiosidade e admiração alguma, o som, lá, perdurava e aqui não, reinava o respirar aflito e controlado, o silêncio corrompido de barulhos das casas e das longas ervas por onde passavam pequenas correntes de ar secretas.
O toque era nulo e transparente, já que as mãos, essas, permaneciam apertadas nos bolsos do casaco branco.
Permanecia ali o segredo, errando por entre brisas que o levavam como uma espiga dançando ao seu sabor frio e misterioso por entre ilusões e pensamentos nocturnos.
Informações fotográficas:
Autor:
Lucy da Motta

Um comentário:

Anônimo disse...

ola =)

Conheci em tempos uma pessoa que escrevia muito bem, que me deixava vidrada ao ecrã.

Essa pessoa escrevia como tu, afinal as pessoas até na escrita podem ser parecidas.

parabens, gostei imenso dos teus textos.

beijoka*